Árvores centenárias
A imagem da nuvem passando, dissipa-se por entre as árvores centenárias e robustas do outro lado da vidraça.
Olhares hipnotizados, trocam-se.
Há os verdadeiros e os hipócritas. Os primeiros procuram no meio da lealdade e honestidade encontrar-se como vencedores. Mas, os segundos. Ah, os segundos... Crescem como cogumelos, aparentam ser os primeiros, cobrem-se de plumas invisíveis e transparentes. Disfarçam-se de risos alargados como cornetas e assumem-se como importantes, mesmo impotentes, como donos de tudo. No entanto, tropeçam aqui e ali, e, curiosamente, disfarçam. Porém, a camuflagem, nem sempre resulta, pois, surge o dia em que o rasgo se nota a olho nu e vivo. Logo cai o pano. É nesse conjunto de tropeções que a trapalhada é evidente. Corta-se e remenda-se. De nada adianta. Cada vez há mais elasticidade e há que remendar mais um pouco.
Isto era antigamente. Quando ainda imperava a paciência. Hoje, remendos poucos se aguentam...
Graciete Leite
Observações: Texto escrito em dezembro de 2019.
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