quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Café_DIÁRIO_Gostaria de ir?

Gostaria de ir?

Raramente, não se sabe se devemos ficar ou ir... gostaria de ir?

Ir é estar em contacto com o ficar... Ir é o que mais se busca nos trocadilhos que ressuscitam para atrapalhar o que já nasceu trapalhão, segundo o dizem, e por isso é motivo suficiente para esmiuçar a sua componente de significado mais arriscado desde que assim se pensa. Esta ideia trapalhona e incompleta dá azo a outras nostalgias que aparentemente de nada servem. Portanto, se não prometem efeito nenhum nestas novas andanças em prol de bem estar, então porque há a necessidade de se estar a vasculhar a razão do sentido profundo de para onde se quer ir? Caso não seja encontrada uma solução mais benéfica, só se pode ficar... Ficar como está. Mas é assim que gostaria de ficar ou ambicionaria ir mais além?... 

Entre o ficar e o ir o melhor é voltar avaliar seja o que for, e avisa-se de que pode não haver certezas nesta procura insensata que entra pela noite adentro carregada de anseio e adrenalina convincente para o contentamento de quem está em volta do teclado despido e escolhendo entre ir ou ficar. Realmente, parece absurdo. Porém, acredita-se que sempre que se vai também se fica, quer seja a matutar na razão de ter ficado ou de ter-se ido, mantendo-se calado. A parte legível e decifrada ficou no silêncio da época em que foi proclamada, quer tenha sido entendida, ou ainda não. Então, nada se pensou. Para alguém pensante, pode ser difícil ficar sem pestanejar porque não entendeu ainda nada do que espera conseguir absolver em pouco tempo. Provavelmente, há quem não discorde de que ir em frente é um ato bem corajoso e preciso. Por outro lado, numa vertente mais estática, ficar porque se gosta de ficar, e apenas é assim, também é um ato nobre e precioso porque se escolheu ficar e à primeira vista, estar de bem, e assim não há a busca de sentir que tem de ir, então fica-se onde se deve estar. Nestes dois pólos, constatam-se duas formas positivas de viver, de conhecer, de saber escolher, de preservar a atitude certa que em dado momento se pode aprisionar a qualquer sujeito bem dado consigo e com todos os outros, em que é preciso saber respeitar... Ir ou ficar?

Fico no silêncio profundo da noite com a alma a suspirar pela lembrança cor-de-rosa de que mais um dia já passou e a chuva cai de mansinho para suavizar e lembrar de como é sempre um bem abençoado. É nesta almofadada quietude que é bom agradecer pelo bem de querer ir em frente... Pelo bem de respirar, pelo bem de desejar, pelo bem de caminhar, e pelo bem de todo o bem. Se há os sons do ruído do trânsito, vozes de pessoas aceleradas, risadas desatinadas... mas que provocam um sorriso, certamente é um bem. Se o pássaro teima em cantar, mesmo de noite, ou se o gato que está no prédio ao lado, não para de miar, porque os donos o deixaram na varanda, um bem deve ser... Mesmo que dê vontade de sair do aconchego e ir bater-lhes à sua porta, e de preferência, suavemente, dizer alguma coisa. Mas dizer-lhes o quê? Já não parece muito bem, para os donos, pois para o gato?...

                                                                                                                          G.L.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Seu brilho

Brilho da lua
Lua Cheia - 19 de fevereiro de 2019

Amo o Sol, mas eu sou o Sol!
Amo a Lua, mas a Lua é toda minha.

Então quem sou?
Quem amo afinal?…
Você?

De dia, alegra-me com o seu brilho,
De noite, o seu brilho consola-me.
Eis o Sol e a Lua,
E, eis eu e você.
Juntos!

                              G.L.

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Café_DIÁRIO_Aonde fica o parque novo mundo?

Aonde fica o parque novo mundo? 

Hoje com a relva reluzente, o banco vermelho do jardim do parque novo mundo, parece pequeno para tanta afluência? Afluência do descanso... Aquela vontade de parar e nada mais fazer. Nada, nada, nada?... Não é bem assim, (sorriso) é apenas uma maneira de se expressar uma certa vontade que assiste no momento do corpo e é transmitida para a mente, ou algo diferente, porque raramente se consegue estar em tal estado, mesmo no parque novo mundo...  

Bem, descontraidamente, os cantos enchem o parque de vibrações melodiosas. Cada celebridade tem um nome, que me é desconhecido, mas afinal, nem é assim tão importante, nem estava a pensar nesse pormenor... O mais delirante é os sons que ecoam pelos raios vistosos das árvores centenárias ainda despidas e sem preconceitos de serem admiradas. Pois e o descanso?.. Era nisso que estava a pensar, e há alguém que não está a pensar da mesma maneira, pelo contrário, parece um desafio de agudos, onde cada um procura realçar-se dos demais que habitam neste parque, ou para aqueles que estão de passagem... É curioso, porque para quem procura um cantinho em um banco vago, delira com a cabeça para cima e se se descuida, logo um encontrão é dado sem querer. Em baixo, na terra avermelhada, cansada de pegadas, comparada com a manhã, onde se joga a todo o vapor ténis, a bola parece juntar-se ao entusiasmo da passarada. Pum, pum, pum... E o eco prolonga-se.

Quanto ao descanso no parque novo mundo? Este, é desfrutado e partilhado, e até parece amistoso entre todas as criaturas visíveis e invisíveis, talvez, assim seja... Como "nem tudo o que reluz é ouro", provérbio interessante!? Pode-se ser, sem se ser, e afinal nunca se foi, no entanto, até há esforço em ser-se... Naturalmente, é-se porque somos, quem?

Manifestações calmantes alegram-se pelos corações pensativos de contemplação. O olhar enche-se de brilhantes gotículas desenfreadas pela emoção de quem recorda passagens da vida. Analiticamente a sobrancelha franze-se no centro da testa com paragens ausentes de presença sincera e amiúde entre retalhos de sons que se desenrolam como um rápido flash de outrora... Sorrisos parados e quietos observam o rosto com teimosia de relembrar o que fez, o que queria ter feito, e o que se vai fazer?... E na volta ao parque, e aquele pensar em nada fazer, torna-se de novo o pensamento do prazer pelo qual foi decidido entre os quatro passos e os que se seguiram pelo carreiro do roseiral podado, que está fortemente enraizado para que surjam os rebentos de onde brotarão belos e perfeitos botões de rosas cheirosas e lustrosas. Para quem?...

Certamente, para mim e para você!?...

                                                                                                                                     G.L.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Café_DIÁRIO_Na areia de pés descalços, a areia seca estala e sente-se.

Na areia de pés descalços, a areia seca estala e sente-se. A água salgada entra em contacto e humedece a areia apertando-a, tornando-a mais deslizante e lisa como se tornasse aveludada, mas torna-se mais limpa e firme.  E o ambiente audível que faz estremecer e arrepiar a pele?... Ah! As ondas vão e vêm ajudando a esticar os ossos presos do frio que reagem aos estímulos frescos e suaves. Devagar segue-se em contemplação das cores paralisadas e amistosas. A praia é longa e as pedrinhas estendem-se, trazidas mais uma vez pelo seu mar. Mais tarde, regressam ao local de onde vieram. Gostaria de continuar?...

Apesar de tudo, o Sol é sublime. Queria descrevê-lo sem ser repetitiva, porém não encontro as palavras certas que o dignifiquem... Mas, fascina-me!... Fascina-me saber que nunca se sente cansado, que quer sempre fazer mais, que continua a brilhar, que não espera retorno, que está presente para uma multidão, quer lhe seja dado o devido valor ou não, que sobrevive ao tempo, que impera como Deus, que é união de muitas nações, que sobe até ao limite, que é pontual com as suas promessas, que sabe estar, que é forte e humilde, que transmite calor e sabedoria, que oculta o desejo de conhecê-lo, que valoriza o mistério oculto de si mesmo, que não reage a ofensas, que alimenta os seres vivos e plantas, que transmite entusiasmo com a sua cor doirada e brilhante, que é capaz de renovar as forças do fraco, que é poderoso pelos séculos dos séculos sem fim, que reanima a imaginação, que é oração dos povos, que é intenso e caloroso, que é amante da Lua, amando-a verdadeiramente embora, às vezes, esconde-se atrás das nuvens devido à sua timidez, mas é compreensível, que é magnificente do alto para o baixo, que expande sabedoria a quem procura o conhecimento, que é uma luz que ilumina o mundo... Pensa-se no que é, no que parece ser, e no que poderá ser!?... Muito obrigada

                                                                                  G.L.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Café_DIÁRIO_Sentada, de olhar para o alto... e repentinamente, você sabe como me dar respostas?

Sentada, de olhar para o alto...

Sentada de olhar para o alto... e repentinamente, você sabe como me dar respostas? A mão afaga os cabelos, ou afasta-os para que possa ver melhor. 

Escadas de prata?... Não, pode parecer, mas não são. São elevadíssimas e assim permitem subir até onde os olhos podem alcançar, desde que o desejo seja de continuar em frente sem medo das alturas. Claro?... É preciso estar-se ciente de que quando se sobe, depressa se escorrega. Porém, quem já esteve no chão e não soube subi-las por medo, é nesse conhecimento que tem o dever de saber e poder identificar sabiamente qual é a escada mais segura para colocar o seu valioso pé... Sim, muito valioso. Os pés são muito valiosos. Eles suportam todo o nosso peso, seja qual for o tamanho desse peso... E, certamente subir degrau a degrau parece limitado, no entanto, é a forma mais segura de nem sequer ser preciso apoiar-se no corrimão. Embora, não é vergonha nenhuma colocar a mão nele, até diria que dá um certo estilo, aquilo que o dia a dia valoriza bastante, que entra muito facilmente pelos olhos adentro, mas ao que parece, tudo faz parte... Ora então, retomando, consegue imaginar-se? As elevadíssimas subindo, olhar para o alto, uma mão no corrimão e a outra? Faça a sua escolha onde a colocaria, a sua, também valiosíssima, outra mão... A direita ou a esquerda, cada um tem a sua resposta. 

De repente, está nas nuvens, onde só conseguia imaginar-se, mas jamais alcançá-las. É lindo e admirável, não é? As pessoas olham-se com Paz no olhar, conscientes de que têm tudo aquilo de que precisam, por exemplo, a água brota em quantidade e qualidade para todos porque todos sabem que é um bem precioso e merecido, e há para todos, então, respeitam-na. Nestes cenários, de frente, a minha escada e a sua pode ser a mesma... É assim?

                                                                                                                         G.L.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Café_DIÁRIO_Vibrações positivas?

Vibrações positivas?

Num plano indefeso a noite brilha consoante a sua beleza o permita. É na luminosa escuridão que se soltam as ideias ou as lágrimas pelo alcance de vibrações positivas. O desenhar aproxima a ideia final... ou não?

Tudo a agir como se parecesse a perfeição?... E lá no fundo tudo está perfeito, porém cada idealização que é desconhecida pode ser ainda mais perfeita se o seu tom se ouvir com verdade. É neste sentido que me ofereço para repensar... As cidades constroem-se perante o que há muito tempo já lá existia, o espaço, a solidez, o ar, a sua cor, o seu perfume, a sua identidade combinada com a radiante atmosfera vibrando positivamente... Quem colocou a primeira pedra apenas foi o visionário mais talentoso com o seu desenhar. Ele sem querer retirou o seu desenho da tela e mostrou-o pedra sobre pedra, ocultando ou desconhecendo, as dores de diversas noites em silêncio até ao resultado final. Em verdade se salientou porque acreditou e confiou o seu plano aos que demais se seguiram, e foram muitos. 

Doravante, quase ninguém nem se lembra do primeiro dia que escolheu para tomar a decisão que mudaria aquele local para sempre. Certamente, apenas são mostradas, ou guardadas, as escolhas mais certas, no entanto, todas elas fizeram crescer o aprendiz que se dispôs a reformar a arte da escuridão em luminosidade onde podem ser orientadas pelo passado e futuro de quem coloca os seus pés em terra firme cheia de graciosidade e manifestamente convidativa de entre milhares que se unem com os seus edifícios, mais ou menos brilhantes, porém, muitos são bastante acolhedores e cheios de histórias individuais que os séculos guardam no seu mais elevado segredo por lhe ter sido confiado que assim se constrói grande parte das histórias... E uma delas é a sua e a minha!?

                                                                                                                                      G.L.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Seu canto

Poema_Seu canto
Mar

Sem ver, acredito em obscuridade
Que de pranto se veste nas pupilas
Do silêncio comovente da faísca
Que atravessa a profundeza do mar.

É esse silêncio que vai transformar
A união da infinidade à felicidade
Pela sabedoria das entranhas soltas
Que se cobrem de diamantes e ouro.

Pelo interior em crescimento forte,
Em leveza do seu canto abrangente
Pelo céu que parece a flor escolhida
De entre todas, a sua mais radiante.

                                                          G.L.

Em querer

Em querer, Pôr do sol

Tanto relevo em tão pouco tempo...
Tanto sentido a renascer da palavra
Tanto desejo a queimar de ansiedade
Tanto a fazer para não deixar morrer.

Tanta harmonia ao redor das estrelas
Tanto saber em querer descobrir assim
Tanto firmamento a expandir-se longe
Tanta emoção de dentro neste visualizar.

Tanto arrependimento a movimentar-se
Tanta frescura do novo amanhecer, chega
Tanta hipocrisia esquecida e enfraquecida
Tanto encorajamento nunca antes querido.

Tanta gente especial que passa despercebida
Tanto olhar semicerrado a evitar a plenitude
Tanta claridade a encolher-se da tempestade
Tanto em querer abraçar a beleza da vontade .

                                                                                       G.L.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

E aqui

Sonho invulgar
De realidade
Em que o céu se abriu
E o vi a agarrar-me
Na minha mão.

Com o peito
Apertado, acordei
E logo, pensei...

Sonho invulgar
De perfeição
Em que o sol clareou
E sorriu para mim
E assim vivi.

Com a imagem
Feliz, acreditei
E aqui, contei.

                                      G.L.

Café_DIÁRIO_O que é longe ou perto?...

O que é longe ou perto... 

O que é longe ou perto... Estar perto ou longe... Ter tudo perto ou longe?

As estrelas estão longe, mas é possível senti-las bem perto. Quem ama olhá-las sem pensar que estão longe, elas ficam muito perto. Tão perto que dá vontade de tocá-las, de saber mais acerca delas... É como com a Lua que parece tão longe e cada passo que damos, ela lá está, brilhando para nós, quase que nos toca com o seu olhar... E claro, a mesma ideia é concebida ao Sol, dando tudo... Todos os dias está sempre mais próximo dando o calor e a esperança no final do dia. Então, longe e perto poderá depender da distância de como vemos e desenhamos esse ângulo no nosso pensar. 

No dia a dia, a ideia de estar perto dá segurança e conforto. No entanto, há realidades que estão muito perto dos olhos e finge-se que não estão ao nosso alcance. A dinâmica é a mesma, e passa-se ao lado dela, para-se de frente, e sempre a mesma coisa... Não se vêem, ou não as queremos ver? A correria tóxica deixa tudo para longe, afasta o discernimento de olhar, deixa a sombra estampar-se em cada nascer do sol. Mais tarde, o tempo reclama de que não se esteve atento, sempre se esteve longe, muito ausente, mas agora, aqui, já anseia estar mais perto, mais seguro de si para mudar a dificuldade de sentir e colaborar com a mudança que se espelha nas águas dos rios vazios pelo descontrole das distâncias entre memórias e ritmos diferentes, mas consolidáveis, sempre que há a coragem de ver. "Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz uma bênção escondida; uma bênção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar. Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder. Este milagre está nos detalhes do quotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos. Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança." (Paulo Coelho ).

                                                                                                                                            G.L.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Café_DIÁRIO_Que fluir é este... Será a chamada alegria?

Que fluir é este... Será a chamada alegria? Então chamo-a pelo seu nome, pela sua beleza, pela sua tranquilidade, para sua motivação, pela sua coragem, pela sua generosidade, pelo seu silêncio, pela sua clareza, pela sua vontade, pela sua claridade, pela sua maravilhosa inspiração... Por muito mais!

Como se vê ainda poderia enumerar muitos mais fenómenos naturais pelo quanto há de perfeição em perceber esta sensação energética que impulsiona a agilidade do mais intimo a dar-se bem consigo mesmo, sim, porque estarmos bem connosco é tarefa primordial e nada fácil, mas concretiza-se com perseverança, dedicação, aceitação, perdão, amor próprio e querer. Querer?... Imensamente, muito querer!...

E dia a dia vai-se mirando a diferença daquilo que se vai alcançado sem cansaço. Por vezes, surge a desordem emocional do que pensávamos ser e na generalidade não éramos. Fizeram-nos ser, acreditar que éramos, que talvez ainda fossemos, ou viéssemos a ser, nunca se sabe... Parece assustador, mas também não é. É a manifestação de novas escolhas, que são mais lúcidas e genuínas, e ser-se genuíno em todos os sentidos é ser-se mais forte e corajoso. É ainda saber escolher com certezas evidentes que é o melhor, porque tudo é mais claro e transparente sem entulhos para agradar sabe-se lá a quem, mas a nós não é, senão não havia a necessidade da procura quando tudo o que nos rodeia é aquilo que muita gente desejaria, no entanto, descobre-se que nada, ou quase nada, faz parte de nós. É a incansável alegria de bem estar em nós... Nós? Sim, nós. Apenas três letras.

                                                                                                                               G.L.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Café_DIÁRIO_Olhar para o alto...

Olhar para o alto...

Olhar para o alto pode ser bem animador?... Mas é importante que se veja porque se nada vê, é como olhar para o fundo pois o vazio está com a mesma estrutura e a mesma forma. 

O fundo existe e coexiste com a profundidade que cada um lhe atribui. Pode-se viver profundamente, e nada se ter conseguido como parte dessa pessoa que pensou que estava a trabalhar e a amar com o seu mais profundo sentido. Pode-se ainda chegar a um certo lugar e observar que afinal nada está como foi pensado. E isto pode acontecer porque nunca houve um tempo mínimo para se parar e observar que caminho se estava a seguir ou a tracejar. Pouco a pouco, as circunstâncias tomam o rumo do quotidiano e ganham força e sabedoria, pois tudo lhe é atribuído. Nasce a finalidade que fica forte e envaidecida com as conquistas exteriorizadas em tralhas que se acumulam à poeira e a temporais que a vai desgastando e tornando-a amargurada. Neste contexto, os olhos baixam-se serenos e procuram encontrar a razão de tanta obscuridade, pois apenas nessa hora é que decidiu ver-se de dentro para fora. Aspira-se ao tempo novo de grandes mudanças, mas que se tornam embaraçosas pelas acumulações de preguiças e recolhas cheias de falsidades. E tudo não passa de mais ficção e imaginação... ou não será assim?

                                                                                     G.L.



sábado, 9 de fevereiro de 2019

Doce Cupido

Doce cupido
Rosa vermelha

Cupido, imaginativo é um ser angelical.
Preenche-se de quatro letras, Amor
Vermelho, a sua  cor preferida.

Sempre com a flecha de coração ao peito
Pronto acertar e a fazer travessuras.
Pois, parece doce, mas é travesso.
E sim, sei bem o que digo.


Doce cupido, tanto fugi de ti
E quando menos espero...
Acertas-me com a tua afiada flecha.
Afiada, e bem no centro do coração.


O desatino da minha alma é total...
Como me vou adaptar à presente sensação
Se todas as minhas veias estão contaminadas
Pelo fluxo que gerou semelhante surpresa? 


Doce cupido, doce cupido!

                                                                        G.L.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Café_DIÁRIO_Há dias assim!? O sol nasce...

Há dias assim!? O sol nasce... Seguidamente, surgem as nuvens, que podem ser passageiras ou apenas encontram-se no ar, sem nada querem mostrar, até podem mesmo começar a chatear. Outras vezes, teimam em fixar-se como imagens... e aqui, seremos o céu ou preferimos seguir as nuvens para que surjam em número maior, mais confuso, mais atormentado? E assim por diante...

Pois, a verdade é que sem nos apercebemos, de repente, estamos a correr atrás das nuvens que já passaram e queremos ver, muito rapidamente, as que ainda estarão para chegar. E as que já cá estão, nesse momento em que o sol está a nascer? Bem, essas, quase nem as vemos, e se as vemos... será que realmente as vemos com olhos de ver? E, conseguimos deixá-las passar e manter o céu aberto, bem presente com uma postura muito confiante, ou sem o muito... numa postura confiante, atenta e segura de que o presente é tudo o que temos, é tudo o que possuímos, é tudo pelo que suspiramos, é tudo o que merecemos viver! O momento...

                                                                                G.L. 

Bênçãos...

foto
" Bênção, de uma maneira geral, é uma expressão proferida oralmente constituindo de um desejo benigno para uma pessoa, grupo ou mesmo uma instituição, que pressupõe um efeito no mundo espiritual, de modo a afetar o mundo físico, fazendo com que o desejo se cumpra." Wikipédia

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

A flor

A flor
Uma borboleta num jardim

Num basto lugar
A flor amanhece
E, num lindo luar,
Ela floresce!


De brilho e cor, resplandecente,
É chegada a hora,
De materializar a certeza
De um novo amanhecer.
Deixar-se levar pelo sonho,
Pela força e convicção
Da corrente cristalina e vigorosa...


Confiante amadurecerá!
Pela paz com o vento
Se inspirará... 
E em cada toque
Significado encontrará
Para ser beleza admirável
Da naturalidade.

                                                   G.L.

Sandália

De sandália branca,
Vestido solto em tons de azul, pela brisa fresca,
Ela caminha enfeitada e perfumada.

Saúda as aves e as flores e alguém que passa.
O riacho responde-lhe com uma nova melodia.
Segue em frente e respira fundo!
Entre a porta de entrada, toca uma campainha...

É a alegria que avisa que permanece dentro dela,
Aconteça o que acontecer,
Mesmo que a melodia se retire,
E as aves emigrem.
Sempre, estará ao seu lado!

Café_DIÁRIO_Será que as pedras também falam?

Será que as pedras também falam?

Já lá vai muitíssimo tempo, anos, mas nunca esqueci a questão que, num certo dia, alguém colocou a um grupo de pessoas: – Será que as pedras também falam?… Ou será que as pedras têm sentimentos?
 Na altura, pus-me a pensar... Mas que pergunta, sem pés nem cabeça? - alguém respondeu, e se calhar com uma certa razão. No entanto, nem sempre o que parece é, porque:
- Se quisermos escolhê-las como personagens de ficção, claro que podem assumir essas características através da personificação?!…
Embora, surge a outra perspectiva de interpretação em que é colocada a argumentação fundamental entre o pensamento e a razão de ser. Não, as pedras não falam nem têm sentimentos porque nem sempre temos de concordar com tudo só para agradar ou para que não haja mais discussões em volta do assunto. É preciso saber pensar e retirar o verdadeiro sumo de uma questão, seja qual for o momento envolvido. É necessário haver mais opiniões para que haja o encontro de comunicação favorável e inovador, senão, bastava uma única voz e todos a seguiam sem restrições. De certeza que não é uma mais valia para ninguém quem assim reage.

                                                                              G.L.
                        

Cânticos de júbilo

Poema, Cânticos de júbilo
Pôr do Sol


Em cânticos de júbilo os ventos se juntaram...
Era o nascer da raridade em torno das águas.
Largadas em baixos sussurros, expandiram-se
Pela universalidade do ventre da emoção doce.

Habitantes aplaudiram conscientemente
Juntando-se ao banquete oferecido
Pelo paraíso gigantesco da sua luminosidade
Que girava, fluentemente, pelos seus corpos.

Amáveis, gentis e calorosos, saltavam...
Em cima das nuvens brancas, todos os corações.
Irradiavam como raios suaves, a sua luz natural,
Harmoniosamente em festividade, louvaram!




quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Encantada



Aparece como encantada,
Moira, espelha desafios
Como nascentes cristalinas.

Refugia-se no seu submundo
Em pontos inóspitos, vulneráveis
E emerge em datas marcadas
Pelo fio que foi tecido por ela.

Atraente entre os seres submersos
Com cabelos doirados enfeitiçantes...
Penteia-se para os olhos desprevenidos
Que oriundos procuram-na e seguem-na.

De lendas, meu país é repleto,
Que lembranças elas deixaram
E pedidos fizeram e cumpriram.

Em contrapartida, de vinganças
Alertaram, quem lhes desobedeceu...




Laçarote

De cabelos ao vento,
O laçarote baloiça de contentamento.
Sente-se orgulhoso de tal oportunidade.

Hoje, está de verde, sim esperançado,
Pela coragem que enfrenta
Em frente do espelho de quem o enlaça.

É na maciez que se sente e gosta
Mas. suporta qualquer sensação.
Cuidado, e muito bem cuidado
Anda sempre enfeitado!

Nem a medição o atrapalha
Na hora de ser desatado.




segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Mansidão

Mansidão
Linda e amorosa...

Definir o que aos olhos sustentam,
É encontrar o tempo no olhar...
Olhar de quem sempre se brindou
Com saltos de galope e doçura.

É a mansidão em tons de fera enfeitada
Na autenticidade que a conhecera aqui.

Belíssima enquanto viaja no sonho
E caprichosa entre o conforto...
Foi colhida e recebida na tranquilidade
Que permanece entre a noite e o dia.

És, caminhante com histórias de dias...
És um regalo, nesse forte tom doirado!

O tempo no olhar... Surpreendentemente
Mantém o afinco como uma cordilheira.
Eis-lo, mesmo desesperante, não esmorece
Em detrimento do bem estar dos seus olhos.





sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Lembrança

Poema. lembranças
Joaninha na praia


Na fornalha dos pensamentos,
Por vezes, esconde-se a frescura
Da melhor lembrança de sempre!

Ela encolhe-se e afunda-se
Mesmo conhecendo a sua importância
Para quem vive confiante na candura dela.

Porque assim reage?
Na curva do tempo, fica esquecida,
Sem adrenalina para se notar e vasculhar
Dentro de tão barulhenta e forma inércia.


Acumulação de eventos,
Sobrepõem-se sobre novas camadas
Que são repentinas e camufladas
De bravas incertezas, ou caretas insinuantes.


É com a força maior que a faz despertar,
Para a bravura da idade e do tempo.
Logo, é a quietude que se renova, sempre!

                                                                 G.L.