sábado, 23 de fevereiro de 2019

Café_DIÁRIO_Aonde fica o parque novo mundo?

Aonde fica o parque novo mundo? 

Hoje com a relva reluzente, o banco vermelho do jardim do parque novo mundo, parece pequeno para tanta afluência? Afluência do descanso... Aquela vontade de parar e nada mais fazer. Nada, nada, nada?... Não é bem assim, (sorriso) é apenas uma maneira de se expressar uma certa vontade que assiste no momento do corpo e é transmitida para a mente, ou algo diferente, porque raramente se consegue estar em tal estado, mesmo no parque novo mundo...  

Bem, descontraidamente, os cantos enchem o parque de vibrações melodiosas. Cada celebridade tem um nome, que me é desconhecido, mas afinal, nem é assim tão importante, nem estava a pensar nesse pormenor... O mais delirante é os sons que ecoam pelos raios vistosos das árvores centenárias ainda despidas e sem preconceitos de serem admiradas. Pois e o descanso?.. Era nisso que estava a pensar, e há alguém que não está a pensar da mesma maneira, pelo contrário, parece um desafio de agudos, onde cada um procura realçar-se dos demais que habitam neste parque, ou para aqueles que estão de passagem... É curioso, porque para quem procura um cantinho em um banco vago, delira com a cabeça para cima e se se descuida, logo um encontrão é dado sem querer. Em baixo, na terra avermelhada, cansada de pegadas, comparada com a manhã, onde se joga a todo o vapor ténis, a bola parece juntar-se ao entusiasmo da passarada. Pum, pum, pum... E o eco prolonga-se.

Quanto ao descanso no parque novo mundo? Este, é desfrutado e partilhado, e até parece amistoso entre todas as criaturas visíveis e invisíveis, talvez, assim seja... Como "nem tudo o que reluz é ouro", provérbio interessante!? Pode-se ser, sem se ser, e afinal nunca se foi, no entanto, até há esforço em ser-se... Naturalmente, é-se porque somos, quem?

Manifestações calmantes alegram-se pelos corações pensativos de contemplação. O olhar enche-se de brilhantes gotículas desenfreadas pela emoção de quem recorda passagens da vida. Analiticamente a sobrancelha franze-se no centro da testa com paragens ausentes de presença sincera e amiúde entre retalhos de sons que se desenrolam como um rápido flash de outrora... Sorrisos parados e quietos observam o rosto com teimosia de relembrar o que fez, o que queria ter feito, e o que se vai fazer?... E na volta ao parque, e aquele pensar em nada fazer, torna-se de novo o pensamento do prazer pelo qual foi decidido entre os quatro passos e os que se seguiram pelo carreiro do roseiral podado, que está fortemente enraizado para que surjam os rebentos de onde brotarão belos e perfeitos botões de rosas cheirosas e lustrosas. Para quem?...

Certamente, para mim e para você!?...

                                                                                                                                     G.L.

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