Mostrar mensagens com a etiqueta © Todos os direitos reservados 2020. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta © Todos os direitos reservados 2020. Mostrar todas as mensagens

domingo, 15 de novembro de 2020

A água do regato duplicou

A água do regato duplicou. 


A noite relampejante. Foi de enchente. 

A água do regato duplicou. Choveu a potes. 

E nesta manhã sinto desejo de te descrever.

O Sol brilha entre a neblina que ainda persiste. 

O caminho estende-se. Tu caminhas no centro dele.

Na direção do nascer do Sol, pela ternura da brisa. 

Ela enche-me de calma. Enaltece-se de perfeita luz.

Na relva, as gotículas da chuva são as estrelas do dia.

Puras! São brincos reluzentes. Refletem o brilho do Sol. 

O teu passo é firme e apressado. Queres ficar para trás. 

E a água do regato duplicou da noite para o dia de hoje. 


                                                                           G.L.

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Trinta e um de agosto


Trinta e um de agosto  

Trinta e um de agosto de dois mil e vinte.

Parece o inicio de uma ata? Mas não é. É o instante deste dia a querer relatar confidências. Expectativa! É a palavra que acolhe este instante rodeado de subtileza e conforto. Subtil nos sentidos. Confortável nos sentimentos que advêm neste dia. 

Mesmo que sintamos que por vezes nos querem queimar sem acender o isqueiro, a intuição é mais forte e apaga esse sentimento e inquietude que advém de fora. E estranhamente, dá-nos força e coragem interior para acreditar que uma mudança é sempre evolutiva para a vontade de aprender e conhecer novas formas de pensar, de viver e de conviver em comunidade.  

Na sequência de opções, sabe-se que nem todas serão as mais acertadas. Então, aceita-se a bem aquela que foi a escolhida. 

                                                                                 G.L.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Numa noite

Numa noite

Caminho no espaço lunar, entre brumas e estrelas. 

Cada cidade representada... é uma lua. Todas juntas, são formas triangulares. 

Alucinações ou emoções relampejantes, atravessam o olhar sintonizado de perplexidade?... 

Eis-me aqui neste encontro. Em cada passo, atravesso a dimensão invisível de quem ainda não chegou ao altar do planalto. Prismas erguidas como Deusas que cativam o olhar. A respiração flutua. Leves movimentos de prazer. 

Confia-se. Está lá... para quem quer. A abertura incomoda os demais. 

O pensamento livre de curiosidade, atreve-se.Coloridos e desenhados, como quem já lá passou. 

Cheiros de orvalho formam tulipas despidas de cor. Inspiram a continuidade da descoberta paradoxal. 

É infinita! Harmonizam-se os ventos dos quatro cantos. 

Poder imaterial e invisibilidade absoluta. Numa noite!

Firmemente construída de saberes. É fortificante e preenchida. Inspira-me! 


                                                                                                        G.L. 

terça-feira, 23 de abril de 2019

Café_DIÁRIO_Afortunada

Afortunada

Sabiamente afortunada de tranquilidade seria perfeitamente razoável e consequentemente adversa a sua personalidade desviar-se da aparente perfeição...

Modéstia à parte e entenda-se se cada sentimento estivesse dentro de um frasco fechado? Poderia ser alternadamente interessante observar a impossibilidade de respirar e ter de confrontar-se com todas as partículas que são os seus haveres. Certamente, poderia conhecer-se melhor e apreciar cada parte de si. 

Contudo, poderia haver uma infinidade de sentimentos que saltariam para fora da tampa, e uma explosão poderiam desencadear, mas não é preciso nada disso. Não, não seria preciso inverter o seu "estado de fusão". Aprecia-se apenas a necessidade de soltar-se, de emergir das águas mais profundas que se desconhecem até certos momentos de revelação e circunstâncias que afluem em certas horas... Parece um desacordo entre as partes, companheiros de sempre, mas que trabalham em união como se reagissem para melhorarem o que pode ser bem melhor. Às vezes, provocam demasiado cansaço. Parece trabalhoso prosseguir para uma meta mais eficaz e concreta, mais bem definida, mais alinhada, mais estimulada para o objetivo final de seja aquilo que for neste extremo segundo em que nada se conhece e tudo é dolorosamente descabido, sem pensar, sem aparência nem uma única forma deslumbrante de anseios, sem motivo de apreciação, ou ainda, sem razão de ter de ser. 

Entretanto lembra-se de que é uma mudança... Ora, como todos as mudanças, algo tem de ficar para trás senão a bagagem fica demasiado pesada, então, alguém se liberta sem saber de quê! Porém fazem-se opções que são válidas para quem as aceita porque voltar atrás, pode não ser a escolha certa porque poderá ressurgir a visualização de um frasco fechado. 

                                                                                                                           G.L.