Quanto força de vontade?...
Surge o amanhecer, que afinal não era cedo, e um homem idoso sobe a colina. Quanta força de vontade?...
Surge o amanhecer, que afinal não era cedo, e um homem idoso sobe a colina. Quanta força de vontade?...
Se há sentido contemplar, pode ser mirando e admirando as pessoas com sabedoria. Nem dez metros se visualiza do espaço desta rua que é sempre a subir, que neste caso, chamo-lhe colina e não rua, porque assim parecia enquanto a força corajosa e determinada a subia pela manhã.
De fato cinza claro, boné de modelo antigo, condizente com o fato, estatura baixa, e bengala numa mão e dois pães dentro de um saco de plástico invisível na outra mão. Precisar a idade? Desculpe-me, mas foi-me impossível fazê-lo. Era idoso. Então, o meu olhar parou com a sua passada na subida pela colina enquanto tomava o meu pequeno almoço. Quando o vi, ia quase a meio. Mas, passo a passo, e volto a repetir, passo a passo, o senhor ia subindo. Passaram... jovens para a escola, mulheres à sua vida, subiam e desciam... e passo a passo, o idoso subia a colina, parava e recomeçava, parou três vezes, num espaço de cinco metros, e volto a repetir, passo a passo, ele, determinado, subiu a colina...
G.L.
G.L.
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