quarta-feira, 6 de março de 2019

Café_DIÁRIO_Oh, que belo guarda chuva!

Oh, que belo guarda chuva!

Era o guarda chuva. Oh, que belo guarda chuva! Na escuridão da noite, pediu para que o abrisse. Perguntei porque o deveria abrir se o céu estava estrelado? Com dúvida, voltou a reforçar o seu pedido. Ora, como se pode negar um pedido? Mesmo assim, algo pode acontecer do nada, sem se esperar ou acreditar?

Ao redor, os ventos sopraram devagarinho. Havia, luz... a luz das estrelas! Seu brilho tornou-se incandescente como a querer transmitir sinais, sinais de alerta!?... Nada havia a temer, apenas restava testemunhar, isso pode ser importante na hora de se decidir. Quando a decisão, é a mais certa, é bastante transformadora, para os dias que se seguem. Então, quase a chegar à encruzilhada, um corvo salta para outra árvore e o guarda chuva abriu automaticamente, era branco, só branco. O vulto do corvo passou por cima dele, e na incerteza se fica se seria um corvo? Nesse instante, um circulo com as dimensões do guarda chuva, abriu-se como uma passagem de luz branca que rodava lentamente nos raios da circunferência, pois havia raios. Parecia um remoinho elevado no ar. Salpicos de água, zumbindo, vinham ao encontro do guarda chuva que ia mudando de cor. Em vez de branco, manteve--se azul celeste por segundos, consoante a luz branca rodava, os salpicos de água eram mais abundantes, e cor azul celeste torna-se rosado, mais e mais luz, mais e mais salpicos, eis que a escuridão da noite desaparecera e tornou-se azulada violeta, e o guarda chuva voltara a ser branco, pairando no ar... mas, parecia um íman. Um íman que arrasta aquilo que quer e para onde deve de ir. E o seu amor, fez-me perceber que precisava de você. Porquê agora lembrar o seu amor? Pois, é neste momento, que apenas me lembro da palavra "amor", pela sua imensidade infinita, pelo seu valor universal, pela capacidade de tudo se transformar num ápice como um fechar de olhos...

É também nesse instante que o zumbido dos salpicos de água, não se ouvem mais, mas continuam a sucederem-se mais freneticamente, mas unicamente se vêem por entre os raios da luz da circunferência que se mantém branca. Vontade de fechar os olhos e apenas sentir, sentir com o coração que se rende à atmosfera do momento sensível e mágico que se pode viver de cada vez que se abre um guarda chuva branco sem ser aberto por si, ele abrirá à mesma para que se possa manifestar em como é possuidor de algo maravilhoso à espera de ser aberto por nós mesmos. Façamos a nossa escolha, com a dignidade que nos é oferecida tendo em vista, o bem, sempre! ...  Muito obrigada

                                                                                                                                   G.L.




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