segunda-feira, 11 de março de 2019

Canção do lilás

Quanta aspiração emana pelo universo
Esvoaçando sem limites para alcançar
O mais profundo dos desejos orientadores?
Eles fortalecem as forças resistentes
Em torno da procura e embelezamento
Da ação credível  marcada nas rochas
Em frente das décadas e séculos sem fim.

É abrasadora a simplicidade criadora...
Da eterna conquista incansável
Pelas forças plenamente conseguidas
E honestidade giratória do pensamento
Quando o apelo é realizado com sabedoria.

Sou criadora de palavras sensíveis...
Pelo gosto de colorir de tinta o branco.
Gostaria que fossem as mais perfeitas
Mas reconheço que nem sempre o são!
Cantando a canção do lilás suavizante
Faço parte do apelo emanante do todo.

                                                        G.L.



sábado, 9 de março de 2019

Faísca mágica


Inflama o mundo
Faísca mágica!
Não te deixes intimidar
Pois tua força
É poderosa.

Vives em cada coração,
Por vezes mais adormecida
Nuns do que em outros.
Mas, estás lá
Desde sempre.

Trajada da cor que desejares,
Porém teu arco-íris é grandioso
Porque combate todos os tempos
Em que viveste e vives!
Tornas-te visível, sempre que queres.

Vem, e aconchega-te
Em roseirais de flores vivas,
Em prados de valentia,
Em esperanças esmorecidas,
Em obras de arte...

                                         G.L.



quinta-feira, 7 de março de 2019

Café_DIÁRIO_Um balão de ar quente

Um balão de ar quente poderá ser uma lufada de ar fresco? 

Um balão de ar quente poderá ser uma lufada de ar fresco? Como sabemos, este é o mais velho veículo aéreo, e pode tornar-se bastante encorajador para cada apreciador nos dias que correm. 

De dia para dia vemos tudo ser reinventado... É como se tudo precisasse de um novo recomeço e aspira-se a encontrar aquilo que encaixe mais perfeitamente e consiga retirar-nos um pouco da rotina. Embora, se estamos longe dela, é a primeira de quem sentimos saudade. Mas este assunto fica para outro momento de inspiração. E é retomando o segmento de ideias que, desde que foi criado o balão de ar quente, havemos de concordar que foi algo plenamente pensante, e, desculpe-me, não me vou debruçar sobre as suas históricas formas tecnológicas de descoberta e louvores honrosos que a grandes homens se devem, estou sim, a querer descrever aquelas funcionalidades que considero detalhadamente originais, cheias de pormenores porque têm de funcionar em concordância com a atmosfera, então, o que mais me agrada num balão de ar quente além de tudo mais, é a sua velocidade, é aquele seu movimento formal quando ele desliza em contacto com o ar, que ao mesmo tempo parece estar pendurado no céu como se tratasse de marionetas a serem dirigidas por detrás de um grande cortinado azul. Isto é, quando raramente se vê balões de ar quente no céu, aliás, convém que seja num lugar próprio para o exercício desta atividade, aquela imagem sedutora de frescura inovada e equilibrada esvoaçante ao sabor do vento parece o voo de um grande baloiço em subida harmoniosa e tranquila, permitindo-se relaxar em sintonia com o fluxo das nuvens extintas. É digno de se contemplar! 



Num outro ângulo da imagem, a multiplicidade dos padrões dos envelopes que são escolhidos com um sentido estético profundamente surpreendente de acordo com todo e qualquer ambiente de navegação aérea, impressiona! A chama da escolha deste design atualmente é tão colorida, tão diversificada, tão exemplar em benefício da cor que nos leva a ficar de queixo erguido para cima sem pestanejar, apenas requer a lembrança de deixar-mo-nos levar pela imaginação de que se um dia pudesse viajar no mais velho veículo aéreo de todos os tempos, como seria enchido o coração? Aguentaria tanta sedução harmoniosa entre céu e terra, sentira a segurança de se ter os pés na terra, ou poderia-se esquecer tudo o resto nesse espaço louvável como magníficos viajantes deste tempo comovente e reinventado a cada presente?

                                                                                                                                        G.L. 

quarta-feira, 6 de março de 2019

Café_DIÁRIO_Oh, que belo guarda chuva!

Oh, que belo guarda chuva!

Era o guarda chuva. Oh, que belo guarda chuva! Na escuridão da noite, pediu para que o abrisse. Perguntei porque o deveria abrir se o céu estava estrelado? Com dúvida, voltou a reforçar o seu pedido. Ora, como se pode negar um pedido? Mesmo assim, algo pode acontecer do nada, sem se esperar ou acreditar?

Ao redor, os ventos sopraram devagarinho. Havia, luz... a luz das estrelas! Seu brilho tornou-se incandescente como a querer transmitir sinais, sinais de alerta!?... Nada havia a temer, apenas restava testemunhar, isso pode ser importante na hora de se decidir. Quando a decisão, é a mais certa, é bastante transformadora, para os dias que se seguem. Então, quase a chegar à encruzilhada, um corvo salta para outra árvore e o guarda chuva abriu automaticamente, era branco, só branco. O vulto do corvo passou por cima dele, e na incerteza se fica se seria um corvo? Nesse instante, um circulo com as dimensões do guarda chuva, abriu-se como uma passagem de luz branca que rodava lentamente nos raios da circunferência, pois havia raios. Parecia um remoinho elevado no ar. Salpicos de água, zumbindo, vinham ao encontro do guarda chuva que ia mudando de cor. Em vez de branco, manteve--se azul celeste por segundos, consoante a luz branca rodava, os salpicos de água eram mais abundantes, e cor azul celeste torna-se rosado, mais e mais luz, mais e mais salpicos, eis que a escuridão da noite desaparecera e tornou-se azulada violeta, e o guarda chuva voltara a ser branco, pairando no ar... mas, parecia um íman. Um íman que arrasta aquilo que quer e para onde deve de ir. E o seu amor, fez-me perceber que precisava de você. Porquê agora lembrar o seu amor? Pois, é neste momento, que apenas me lembro da palavra "amor", pela sua imensidade infinita, pelo seu valor universal, pela capacidade de tudo se transformar num ápice como um fechar de olhos...

É também nesse instante que o zumbido dos salpicos de água, não se ouvem mais, mas continuam a sucederem-se mais freneticamente, mas unicamente se vêem por entre os raios da luz da circunferência que se mantém branca. Vontade de fechar os olhos e apenas sentir, sentir com o coração que se rende à atmosfera do momento sensível e mágico que se pode viver de cada vez que se abre um guarda chuva branco sem ser aberto por si, ele abrirá à mesma para que se possa manifestar em como é possuidor de algo maravilhoso à espera de ser aberto por nós mesmos. Façamos a nossa escolha, com a dignidade que nos é oferecida tendo em vista, o bem, sempre! ...  Muito obrigada

                                                                                                                                   G.L.




segunda-feira, 4 de março de 2019

Passos

Passos, agora
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Agora, até este último segundo,
Quantos passos já deu?...
Esquerda e direita, direita e esquerda,
Um mais lento, outro mais acelerado,
Outro de saltinho, outro de tropeção,
E aquele que foi mais elegante à saída da porta,
Ou aquele que bateu no paralelo, quase que caía,
Mas o outro passo auxiliou na queda, e não foi desta...

Mas há o passo certo, sempre firme,
Aquele que nunca tomba, que sabe seguir em frente
Mesmo após a queda, que foi uma aprendizagem...
É sempre memorável... Ah! Como é bom reconhecer-se!

                                                                                          G.L.








Café_DIÁRIO_Regalo de primavera

Regalo de primavera

Naquele tempo. quando andava descalça pelos campos verdejantes em plena primavera, isso era o que mais queria, muito entusiasmante, seria um regalo de primavera?... Mas já as papoilas dançavam tranquilas no seu palácio real. Parecia que eram coroadas como se fossem delicadas princesas mostrando realezas sensuais em cada um dos seus movimentos convidativos. Havia um amplo espaço que se cobria maioritariamente de verde e a terra fresca reaparecia mais tarde, pronta para receber a semente da época. Mas, era tanta a canseira nesta altura do ano que as andorinhas não tinham descanso. Como seriam as suas vidas? Acreditava-se que era um imenso jardim pintado de púrpura que nunca morria, porque todos os anos renascia, quase como um ritual, um momento de ascensão divino porque havia a colaboração de todos e de um... E assim, de ano para ano, eu ia-o admirando cada vez mais! 

Grandes grupos de malmequeres amarelos colaboravam na dança como convidados eternos que sempre estão presentes quando mais se desejam. E chegam sempre a horas sem esperarem retribuição em troca. Simplesmente, estavam presentes em todas as ocasiões. Naquele jardim, olhava, olhava e fixava-me a olhar a formosa dança das plantas, sobretudo a das papoilas, e percebia que nenhum homem ou mulher as havia semeado ou plantado ali, naquele jardim campestre, elas é que decidiam, quando chegada a sua hora, crescer lá, espontaneamente. Nesses instantes, dos meus lábios nascia um sorriso de entendimento. Assim me parece?...

Às vezes, abro os olhos e vejo esse cativante jardim sem nome, porém, que me pertence e a si também, pelos cuidados com que é tocado no coração, pelas paisagens ultra coloridas sem haver um único pincel na mão de quem o desenhou ou aprimorou. Tudo tão perfeito!?... Acompanhando a passagem do tempo. Tudo tão estimulante para a regalia dos sentidos observadores que delicadamente veneram o seu espaço de encontro ao vento. Que empatia!... Não é o acaso, é assim que é e é assim que as olho, completamente enraizadas em suavidade e maciez junto do seu coração, no seu lugar. E tudo está bem feito?... Se me dedico a falar dos detalhes deste jardim, poucos corações me entendem, poucos acreditam e outros sabem do que falo, porque aprenderam a observar, a ouvirem-se e ainda vêem o mesmo que eu via naquele tempo num jardim natural, autêntico a germinar através da força criadora que a todos satisfaz com elevadíssima beleza como se nada ressurgisse do nada, mas sabemos que é algo mais influente e poderoso. Que lhe parece?...

                                                                                                                                                  G.L.

sexta-feira, 1 de março de 2019

PRAIA DE PORTUGAL_Janeiro de 2019

Infinito admirável...
Você está comigo, sempre!

Quando quero exprimir o que realmente sinto
Ao olhar para semelhante e profunda beleza...
Minhas singelas palavras esgotam-se.
 Muito obrigada!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Café_DIÁRIO_Gostaria de ir?

Gostaria de ir?

Raramente, não se sabe se devemos ficar ou ir... gostaria de ir?

Ir é estar em contacto com o ficar... Ir é o que mais se busca nos trocadilhos que ressuscitam para atrapalhar o que já nasceu trapalhão, segundo o dizem, e por isso é motivo suficiente para esmiuçar a sua componente de significado mais arriscado desde que assim se pensa. Esta ideia trapalhona e incompleta dá azo a outras nostalgias que aparentemente de nada servem. Portanto, se não prometem efeito nenhum nestas novas andanças em prol de bem estar, então porque há a necessidade de se estar a vasculhar a razão do sentido profundo de para onde se quer ir? Caso não seja encontrada uma solução mais benéfica, só se pode ficar... Ficar como está. Mas é assim que gostaria de ficar ou ambicionaria ir mais além?... 

Entre o ficar e o ir o melhor é voltar avaliar seja o que for, e avisa-se de que pode não haver certezas nesta procura insensata que entra pela noite adentro carregada de anseio e adrenalina convincente para o contentamento de quem está em volta do teclado despido e escolhendo entre ir ou ficar. Realmente, parece absurdo. Porém, acredita-se que sempre que se vai também se fica, quer seja a matutar na razão de ter ficado ou de ter-se ido, mantendo-se calado. A parte legível e decifrada ficou no silêncio da época em que foi proclamada, quer tenha sido entendida, ou ainda não. Então, nada se pensou. Para alguém pensante, pode ser difícil ficar sem pestanejar porque não entendeu ainda nada do que espera conseguir absolver em pouco tempo. Provavelmente, há quem não discorde de que ir em frente é um ato bem corajoso e preciso. Por outro lado, numa vertente mais estática, ficar porque se gosta de ficar, e apenas é assim, também é um ato nobre e precioso porque se escolheu ficar e à primeira vista, estar de bem, e assim não há a busca de sentir que tem de ir, então fica-se onde se deve estar. Nestes dois pólos, constatam-se duas formas positivas de viver, de conhecer, de saber escolher, de preservar a atitude certa que em dado momento se pode aprisionar a qualquer sujeito bem dado consigo e com todos os outros, em que é preciso saber respeitar... Ir ou ficar?

Fico no silêncio profundo da noite com a alma a suspirar pela lembrança cor-de-rosa de que mais um dia já passou e a chuva cai de mansinho para suavizar e lembrar de como é sempre um bem abençoado. É nesta almofadada quietude que é bom agradecer pelo bem de querer ir em frente... Pelo bem de respirar, pelo bem de desejar, pelo bem de caminhar, e pelo bem de todo o bem. Se há os sons do ruído do trânsito, vozes de pessoas aceleradas, risadas desatinadas... mas que provocam um sorriso, certamente é um bem. Se o pássaro teima em cantar, mesmo de noite, ou se o gato que está no prédio ao lado, não para de miar, porque os donos o deixaram na varanda, um bem deve ser... Mesmo que dê vontade de sair do aconchego e ir bater-lhes à sua porta, e de preferência, suavemente, dizer alguma coisa. Mas dizer-lhes o quê? Já não parece muito bem, para os donos, pois para o gato?...

                                                                                                                          G.L.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Seu brilho

Brilho da lua
Lua Cheia - 19 de fevereiro de 2019

Amo o Sol, mas eu sou o Sol!
Amo a Lua, mas a Lua é toda minha.

Então quem sou?
Quem amo afinal?…
Você?

De dia, alegra-me com o seu brilho,
De noite, o seu brilho consola-me.
Eis o Sol e a Lua,
E, eis eu e você.
Juntos!

                              G.L.

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Café_DIÁRIO_Aonde fica o parque novo mundo?

Aonde fica o parque novo mundo? 

Hoje com a relva reluzente, o banco vermelho do jardim do parque novo mundo, parece pequeno para tanta afluência? Afluência do descanso... Aquela vontade de parar e nada mais fazer. Nada, nada, nada?... Não é bem assim, (sorriso) é apenas uma maneira de se expressar uma certa vontade que assiste no momento do corpo e é transmitida para a mente, ou algo diferente, porque raramente se consegue estar em tal estado, mesmo no parque novo mundo...  

Bem, descontraidamente, os cantos enchem o parque de vibrações melodiosas. Cada celebridade tem um nome, que me é desconhecido, mas afinal, nem é assim tão importante, nem estava a pensar nesse pormenor... O mais delirante é os sons que ecoam pelos raios vistosos das árvores centenárias ainda despidas e sem preconceitos de serem admiradas. Pois e o descanso?.. Era nisso que estava a pensar, e há alguém que não está a pensar da mesma maneira, pelo contrário, parece um desafio de agudos, onde cada um procura realçar-se dos demais que habitam neste parque, ou para aqueles que estão de passagem... É curioso, porque para quem procura um cantinho em um banco vago, delira com a cabeça para cima e se se descuida, logo um encontrão é dado sem querer. Em baixo, na terra avermelhada, cansada de pegadas, comparada com a manhã, onde se joga a todo o vapor ténis, a bola parece juntar-se ao entusiasmo da passarada. Pum, pum, pum... E o eco prolonga-se.

Quanto ao descanso no parque novo mundo? Este, é desfrutado e partilhado, e até parece amistoso entre todas as criaturas visíveis e invisíveis, talvez, assim seja... Como "nem tudo o que reluz é ouro", provérbio interessante!? Pode-se ser, sem se ser, e afinal nunca se foi, no entanto, até há esforço em ser-se... Naturalmente, é-se porque somos, quem?

Manifestações calmantes alegram-se pelos corações pensativos de contemplação. O olhar enche-se de brilhantes gotículas desenfreadas pela emoção de quem recorda passagens da vida. Analiticamente a sobrancelha franze-se no centro da testa com paragens ausentes de presença sincera e amiúde entre retalhos de sons que se desenrolam como um rápido flash de outrora... Sorrisos parados e quietos observam o rosto com teimosia de relembrar o que fez, o que queria ter feito, e o que se vai fazer?... E na volta ao parque, e aquele pensar em nada fazer, torna-se de novo o pensamento do prazer pelo qual foi decidido entre os quatro passos e os que se seguiram pelo carreiro do roseiral podado, que está fortemente enraizado para que surjam os rebentos de onde brotarão belos e perfeitos botões de rosas cheirosas e lustrosas. Para quem?...

Certamente, para mim e para você!?...

                                                                                                                                     G.L.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Café_DIÁRIO_Na areia de pés descalços, a areia seca estala e sente-se.

Na areia de pés descalços, a areia seca estala e sente-se. A água salgada entra em contacto e humedece a areia apertando-a, tornando-a mais deslizante e lisa como se tornasse aveludada, mas torna-se mais limpa e firme.  E o ambiente audível que faz estremecer e arrepiar a pele?... Ah! As ondas vão e vêm ajudando a esticar os ossos presos do frio que reagem aos estímulos frescos e suaves. Devagar segue-se em contemplação das cores paralisadas e amistosas. A praia é longa e as pedrinhas estendem-se, trazidas mais uma vez pelo seu mar. Mais tarde, regressam ao local de onde vieram. Gostaria de continuar?...

Apesar de tudo, o Sol é sublime. Queria descrevê-lo sem ser repetitiva, porém não encontro as palavras certas que o dignifiquem... Mas, fascina-me!... Fascina-me saber que nunca se sente cansado, que quer sempre fazer mais, que continua a brilhar, que não espera retorno, que está presente para uma multidão, quer lhe seja dado o devido valor ou não, que sobrevive ao tempo, que impera como Deus, que é união de muitas nações, que sobe até ao limite, que é pontual com as suas promessas, que sabe estar, que é forte e humilde, que transmite calor e sabedoria, que oculta o desejo de conhecê-lo, que valoriza o mistério oculto de si mesmo, que não reage a ofensas, que alimenta os seres vivos e plantas, que transmite entusiasmo com a sua cor doirada e brilhante, que é capaz de renovar as forças do fraco, que é poderoso pelos séculos dos séculos sem fim, que reanima a imaginação, que é oração dos povos, que é intenso e caloroso, que é amante da Lua, amando-a verdadeiramente embora, às vezes, esconde-se atrás das nuvens devido à sua timidez, mas é compreensível, que é magnificente do alto para o baixo, que expande sabedoria a quem procura o conhecimento, que é uma luz que ilumina o mundo... Pensa-se no que é, no que parece ser, e no que poderá ser!?... Muito obrigada

                                                                                  G.L.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Café_DIÁRIO_Sentada, de olhar para o alto... e repentinamente, você sabe como me dar respostas?

Sentada, de olhar para o alto...

Sentada de olhar para o alto... e repentinamente, você sabe como me dar respostas? A mão afaga os cabelos, ou afasta-os para que possa ver melhor. 

Escadas de prata?... Não, pode parecer, mas não são. São elevadíssimas e assim permitem subir até onde os olhos podem alcançar, desde que o desejo seja de continuar em frente sem medo das alturas. Claro?... É preciso estar-se ciente de que quando se sobe, depressa se escorrega. Porém, quem já esteve no chão e não soube subi-las por medo, é nesse conhecimento que tem o dever de saber e poder identificar sabiamente qual é a escada mais segura para colocar o seu valioso pé... Sim, muito valioso. Os pés são muito valiosos. Eles suportam todo o nosso peso, seja qual for o tamanho desse peso... E, certamente subir degrau a degrau parece limitado, no entanto, é a forma mais segura de nem sequer ser preciso apoiar-se no corrimão. Embora, não é vergonha nenhuma colocar a mão nele, até diria que dá um certo estilo, aquilo que o dia a dia valoriza bastante, que entra muito facilmente pelos olhos adentro, mas ao que parece, tudo faz parte... Ora então, retomando, consegue imaginar-se? As elevadíssimas subindo, olhar para o alto, uma mão no corrimão e a outra? Faça a sua escolha onde a colocaria, a sua, também valiosíssima, outra mão... A direita ou a esquerda, cada um tem a sua resposta. 

De repente, está nas nuvens, onde só conseguia imaginar-se, mas jamais alcançá-las. É lindo e admirável, não é? As pessoas olham-se com Paz no olhar, conscientes de que têm tudo aquilo de que precisam, por exemplo, a água brota em quantidade e qualidade para todos porque todos sabem que é um bem precioso e merecido, e há para todos, então, respeitam-na. Nestes cenários, de frente, a minha escada e a sua pode ser a mesma... É assim?

                                                                                                                         G.L.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Café_DIÁRIO_Vibrações positivas?

Vibrações positivas?

Num plano indefeso a noite brilha consoante a sua beleza o permita. É na luminosa escuridão que se soltam as ideias ou as lágrimas pelo alcance de vibrações positivas. O desenhar aproxima a ideia final... ou não?

Tudo a agir como se parecesse a perfeição?... E lá no fundo tudo está perfeito, porém cada idealização que é desconhecida pode ser ainda mais perfeita se o seu tom se ouvir com verdade. É neste sentido que me ofereço para repensar... As cidades constroem-se perante o que há muito tempo já lá existia, o espaço, a solidez, o ar, a sua cor, o seu perfume, a sua identidade combinada com a radiante atmosfera vibrando positivamente... Quem colocou a primeira pedra apenas foi o visionário mais talentoso com o seu desenhar. Ele sem querer retirou o seu desenho da tela e mostrou-o pedra sobre pedra, ocultando ou desconhecendo, as dores de diversas noites em silêncio até ao resultado final. Em verdade se salientou porque acreditou e confiou o seu plano aos que demais se seguiram, e foram muitos. 

Doravante, quase ninguém nem se lembra do primeiro dia que escolheu para tomar a decisão que mudaria aquele local para sempre. Certamente, apenas são mostradas, ou guardadas, as escolhas mais certas, no entanto, todas elas fizeram crescer o aprendiz que se dispôs a reformar a arte da escuridão em luminosidade onde podem ser orientadas pelo passado e futuro de quem coloca os seus pés em terra firme cheia de graciosidade e manifestamente convidativa de entre milhares que se unem com os seus edifícios, mais ou menos brilhantes, porém, muitos são bastante acolhedores e cheios de histórias individuais que os séculos guardam no seu mais elevado segredo por lhe ter sido confiado que assim se constrói grande parte das histórias... E uma delas é a sua e a minha!?

                                                                                                                                      G.L.

domingo, 17 de fevereiro de 2019

Seu canto

Poema_Seu canto
Mar

Sem ver, acredito em obscuridade
Que de pranto se veste nas pupilas
Do silêncio comovente da faísca
Que atravessa a profundeza do mar.

É esse silêncio que vai transformar
A união da infinidade à felicidade
Pela sabedoria das entranhas soltas
Que se cobrem de diamantes e ouro.

Pelo interior em crescimento forte,
Em leveza do seu canto abrangente
Pelo céu que parece a flor escolhida
De entre todas, a sua mais radiante.

                                                          G.L.

Em querer

Em querer, Pôr do sol

Tanto relevo em tão pouco tempo...
Tanto sentido a renascer da palavra
Tanto desejo a queimar de ansiedade
Tanto a fazer para não deixar morrer.

Tanta harmonia ao redor das estrelas
Tanto saber em querer descobrir assim
Tanto firmamento a expandir-se longe
Tanta emoção de dentro neste visualizar.

Tanto arrependimento a movimentar-se
Tanta frescura do novo amanhecer, chega
Tanta hipocrisia esquecida e enfraquecida
Tanto encorajamento nunca antes querido.

Tanta gente especial que passa despercebida
Tanto olhar semicerrado a evitar a plenitude
Tanta claridade a encolher-se da tempestade
Tanto em querer abraçar a beleza da vontade .

                                                                                       G.L.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

E aqui

Sonho invulgar
De realidade
Em que o céu se abriu
E o vi a agarrar-me
Na minha mão.

Com o peito
Apertado, acordei
E logo, pensei...

Sonho invulgar
De perfeição
Em que o sol clareou
E sorriu para mim
E assim vivi.

Com a imagem
Feliz, acreditei
E aqui, contei.

                                      G.L.

Café_DIÁRIO_O que é longe ou perto?...

O que é longe ou perto... 

O que é longe ou perto... Estar perto ou longe... Ter tudo perto ou longe?

As estrelas estão longe, mas é possível senti-las bem perto. Quem ama olhá-las sem pensar que estão longe, elas ficam muito perto. Tão perto que dá vontade de tocá-las, de saber mais acerca delas... É como com a Lua que parece tão longe e cada passo que damos, ela lá está, brilhando para nós, quase que nos toca com o seu olhar... E claro, a mesma ideia é concebida ao Sol, dando tudo... Todos os dias está sempre mais próximo dando o calor e a esperança no final do dia. Então, longe e perto poderá depender da distância de como vemos e desenhamos esse ângulo no nosso pensar. 

No dia a dia, a ideia de estar perto dá segurança e conforto. No entanto, há realidades que estão muito perto dos olhos e finge-se que não estão ao nosso alcance. A dinâmica é a mesma, e passa-se ao lado dela, para-se de frente, e sempre a mesma coisa... Não se vêem, ou não as queremos ver? A correria tóxica deixa tudo para longe, afasta o discernimento de olhar, deixa a sombra estampar-se em cada nascer do sol. Mais tarde, o tempo reclama de que não se esteve atento, sempre se esteve longe, muito ausente, mas agora, aqui, já anseia estar mais perto, mais seguro de si para mudar a dificuldade de sentir e colaborar com a mudança que se espelha nas águas dos rios vazios pelo descontrole das distâncias entre memórias e ritmos diferentes, mas consolidáveis, sempre que há a coragem de ver. "Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz uma bênção escondida; uma bênção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar. Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder. Este milagre está nos detalhes do quotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos. Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança." (Paulo Coelho ).

                                                                                                                                            G.L.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Café_DIÁRIO_Que fluir é este... Será a chamada alegria?

Que fluir é este... Será a chamada alegria? Então chamo-a pelo seu nome, pela sua beleza, pela sua tranquilidade, para sua motivação, pela sua coragem, pela sua generosidade, pelo seu silêncio, pela sua clareza, pela sua vontade, pela sua claridade, pela sua maravilhosa inspiração... Por muito mais!

Como se vê ainda poderia enumerar muitos mais fenómenos naturais pelo quanto há de perfeição em perceber esta sensação energética que impulsiona a agilidade do mais intimo a dar-se bem consigo mesmo, sim, porque estarmos bem connosco é tarefa primordial e nada fácil, mas concretiza-se com perseverança, dedicação, aceitação, perdão, amor próprio e querer. Querer?... Imensamente, muito querer!...

E dia a dia vai-se mirando a diferença daquilo que se vai alcançado sem cansaço. Por vezes, surge a desordem emocional do que pensávamos ser e na generalidade não éramos. Fizeram-nos ser, acreditar que éramos, que talvez ainda fossemos, ou viéssemos a ser, nunca se sabe... Parece assustador, mas também não é. É a manifestação de novas escolhas, que são mais lúcidas e genuínas, e ser-se genuíno em todos os sentidos é ser-se mais forte e corajoso. É ainda saber escolher com certezas evidentes que é o melhor, porque tudo é mais claro e transparente sem entulhos para agradar sabe-se lá a quem, mas a nós não é, senão não havia a necessidade da procura quando tudo o que nos rodeia é aquilo que muita gente desejaria, no entanto, descobre-se que nada, ou quase nada, faz parte de nós. É a incansável alegria de bem estar em nós... Nós? Sim, nós. Apenas três letras.

                                                                                                                               G.L.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Café_DIÁRIO_Olhar para o alto...

Olhar para o alto...

Olhar para o alto pode ser bem animador?... Mas é importante que se veja porque se nada vê, é como olhar para o fundo pois o vazio está com a mesma estrutura e a mesma forma. 

O fundo existe e coexiste com a profundidade que cada um lhe atribui. Pode-se viver profundamente, e nada se ter conseguido como parte dessa pessoa que pensou que estava a trabalhar e a amar com o seu mais profundo sentido. Pode-se ainda chegar a um certo lugar e observar que afinal nada está como foi pensado. E isto pode acontecer porque nunca houve um tempo mínimo para se parar e observar que caminho se estava a seguir ou a tracejar. Pouco a pouco, as circunstâncias tomam o rumo do quotidiano e ganham força e sabedoria, pois tudo lhe é atribuído. Nasce a finalidade que fica forte e envaidecida com as conquistas exteriorizadas em tralhas que se acumulam à poeira e a temporais que a vai desgastando e tornando-a amargurada. Neste contexto, os olhos baixam-se serenos e procuram encontrar a razão de tanta obscuridade, pois apenas nessa hora é que decidiu ver-se de dentro para fora. Aspira-se ao tempo novo de grandes mudanças, mas que se tornam embaraçosas pelas acumulações de preguiças e recolhas cheias de falsidades. E tudo não passa de mais ficção e imaginação... ou não será assim?

                                                                                     G.L.



sábado, 9 de fevereiro de 2019

Doce Cupido

Doce cupido
Rosa vermelha

Cupido, imaginativo é um ser angelical.
Preenche-se de quatro letras, Amor
Vermelho, a sua  cor preferida.

Sempre com a flecha de coração ao peito
Pronto acertar e a fazer travessuras.
Pois, parece doce, mas é travesso.
E sim, sei bem o que digo.


Doce cupido, tanto fugi de ti
E quando menos espero...
Acertas-me com a tua afiada flecha.
Afiada, e bem no centro do coração.


O desatino da minha alma é total...
Como me vou adaptar à presente sensação
Se todas as minhas veias estão contaminadas
Pelo fluxo que gerou semelhante surpresa? 


Doce cupido, doce cupido!

                                                                        G.L.